PROFESSORAS MARLENE RUIZ E IVETE BARON
TEXTOS PARA O TEATRO
Texto baseado na tradição popular elaborado pela professora Sandreli e alunos do 5º ano D.
O homem do saco
Cenário: Uma floresta onde se vê uma casinha às margens de um rio.
Ao longe se vêem algumas casinhas da cidade.
Personagens:
- Aninha
- Pai
- Homem do surrão
- Mulher idosa
- Mulher
- Mulher jovem
- Pessoas da cidade de todas as idades
Era uma vez uma menina chamada Aninha que vivia em uma linda casinha às margens de um riacho com seu pai, já que sua mãe havia falecido.
Aninha:Pai, pai!!!!!!!!!
Pai: O que foi filha?
Aninha: Posso nadar no rio?
Pai: Claro que não! É muito perigoso! Fique aqui em casa quietinha que eu tenho que trabalhar. Volto logo tá?
Aninha: Puxa vida! Eu não tenho nada pra fazer! Ninguém pra conversar!!! Snif!!!!
Aninha: Puxa vida! Eu não tenho nada pra fazer! Ninguém pra conversar!!! Snif!!!!
Pai: Tchau, filha! E não vá lá ao rio! Logo estarei de volta e nós poderemos ficar conversando mais um pouco.
O pai saiu para o trabalho e Aninha ficou quietinha no começo, mas logo se sentiu cansada de não fazer nada e começou a olhar com um desejo enorme para o rio...
Aninha: Está tão calor! Queria nadar só um pouquinho!
A vontade foi tão grande que ela não resistiu e saiu correndo! Colocou sua roupa na beira do rio, nadou, brincou e quando já estava na hora do pai chegar, se vestiu e voltou para casa.
Pai: Oi filha! Como você é uma menina muito obediente eu trouxe um presente pra você!
Aninha: Oba! Adoro presente! Me dá, me dá, me dá!!!!
Pai: Você gostou?
Aninha: Que lindos! Brinquinhos de ouro! Adorei! Obrigada!!!!
Pai: Agora vá dormir. Amanhã tenho que trabalhar e você deve ficar bem boazinha em casa, oK? Nada de sair para ir ao rio.
Aninha: Eu prometo que vou me comportar.
Mas no dia seguinte ela voltou ao rio. Deixou a roupa dobrada e colocou sobre ela seus brinquinhos de ouro. Nadou, brincou e quando percebeu já estava tarde.
Então, saiu correndo da água, se vestiu e quando voltava pra casa se lembrou dos brinquinhos.
Aninha: Meus brinquinhos! Cadê?
Bem que o papai falou que eu não fosse lá no rio. Adeus meus brinquinhos de ouro. Ai Deus!!!!!
De trás de uma moita saiu um homem sujo, cabelos desgrenhados, com um saco nas costas...
Homem: Por que você está chorando menininha?
Aninha: Eu perdi meus brinquinhos e meu pai vai ficar uma fera!
Homem: Eu sei onde eles estão. Aqui dentro do meu surrão!
Aninha: É mesmo?
Homem: Pode olhar!
Aninha olhou lá no fundo e o homem aproveitou para jogá-la dentro e amarrar o saco. Então ameaçou:
Homem: Você fica quietinha e faça só o que eu mandar se não eu vou usar o meu facão!
Aninha chorava baixinho...
Saíram então caminhando, o homem com Aninha dentro do saco e por onde passavam as pessoas ficavam horrorizadas com a aparência e o cheiro do homem que não tomava banho há muito tempo!
Quando encontraram a primeira residência ele resolveu bater à porta.
Homem: Abra logo essa porta!
Mulher idosa: Quem está aí? Oh, meu Deus! O que você quer?
Homem: Eu quero toda a comida da sua geladeira!
Mulher idosa:Mas por que eu lhe daria toda minha comida?
Homem: Por que eu tenho um surrão que canta. Quer ver só?
Mulher idosa: Ta bom, se ele cantar eu lhe dou a comida.
Homem: Canta meu surrão, canta se não eu enfio meu facão!
Aninha: Bem que o papai falou que eu não fosse lá ao rio. Adeus meus brinquinhos de ouro. Ai Deus!!!!!
Mulher idosa: Nossa! Não é que ele canta mesmo! Espere um pouquinho que eu vou buscar a comida.
Ela saiu e voltou com uma sacolinha com comida.
Ele então saiu todo contente perturbando todos que encontrava pelo caminho.
Quando chegou a uma outra casa ele bateu novamente à porta.
Mulher : Pois não, o que o senhor deseja?
Homem: Eu quero toda a roupa do seu armário!
Mulher : Mas por que eu lhe daria?
Homem: Porque eu tenho um surrão que canta!
Mulher : Então vamos ver!
Homem: Canta meu surrão, canta se não eu enfio meu facão!
Aninha: Bem que o papai falou que eu não fosse lá ao rio. Adeus meus brinquinhos de ouro. Ai Deus!!!!!
Mulher : Nossa! Espere que vou buscar as roupas.
Ele pegou tudo e ficou ganancioso...
Homem: Agora eu quero mais! Mais! Mais!!!
Ele saiu pela rua todo ansioso e logo encontrou uma linda casa. Bateu à porta e uma jovem veio atender.
Jovem: Pois não?
Homem: Eu quero todo o seu dinheiro!
Jovem: E por que eu lhe daria todo o meu dinheiro?
Homem: Porque eu tenho um surrão que canta.
Jovem: Vamos ver então!
Homem: Canta meu surrão! Canta se não eu enfio o facão!
Aninha: Bem que o papai falou que eu não fosse lá no rio. Adeus meus brinquinhos de ouro. Ai Deus!
Jovem (para a platéia): Gente é a minha sobrinha! Preciso dar um jeito nisso! Seu homem do surrão, o senhor espera só um pouquinho que eu vou ao banco buscar o dinheiro e o senhor fica aí descansando no jardim ta bem?
Homem: Está bem, mas não demore!
O homem ficou dormindo enquanto a jovem tia de Aninha foi falar com o pai que colocou muitos gatos dentro de um saco e levou até a casa dela.
Lá chegando e aproveitando que o homem ainda dormia, trocou o saco.
Pai: Seu homem do surrão eu deixo minha irmã dar todo o seu dinheiro se você fizer o surrão cantar novamente!
Homem: Ele canta quando eu quiser! Canta meu surrão! Canta se não eu enfio o facão!
Canta meu surrão! Canta se não eu enfio o facão! Canta meu surrão! Canta se não eu enfio o facão!
Como ele não cantava o homem enfiou o facão, libertando e espetando os gatos que saíram arranhando o homem que fugia correndo da cidade.
Aninha voltou a ficar com seu pai, mas os brinquinhos estavam no bolso do homem que fugiu.
FIM.
Texto baseado na cultura popular elaborado pela professora Sandreli e alunos do 5º ano C
O canto das sereias
Cenário: Uma floresta às margem de um rio.
Personagens:
- Iara e suas irmãs;
- Capitão e seus marinheiros;
- Cacique e Curumim;
- Índias.
Em uma tarde ensolarada, às margens do rio Amazonas, Iara e suas irmãs descansavam e tomavam sol sobre as pedras.
Iara: Que dia lindo! Pena que estou me sentindo tão só!
Irmã 1: Pois é, eu também me sinto só!
Irmã 2: Mas olhem lá a diante. Vocês estão vendo o que eu estou?
Todas: Rapazes!!! Oh, finalmente alguém para encantar!
Iara: Vamos cantar meninas!
Todas: Lá, lá, lá...
Enquanto isso, no navio...
Capitão: Marinheiros, fiquem atentos! Cuidado para não caírem nos encantos das sereias! Tomem, coloquem cera nos ouvidos!
Marinheiro 1: Capitão, acho que é tarde demais! Que canção linda! Eu não posso resistir!
Capitão: Corram! Segurem-no!
Marinheiros 1 e 2: Ele é muito forte! Não vamos conseguir!
Marinheiro 1: Estou apaixonado! Já vou amor!
E na floresta...
Cacique: Curumim, você está ouvindo?
Curumim: É a Iara de novo Cacique?
Cacique: Isso mesmo! Alguém está em perigo! Vamos ajudar!
E correm para a beira do rio.
Cacique: Curumim pegue o cipó!
Curumim: Está na mão Cacique!
Cacique: Lace o marinheiro e vamos puxar!
Capitão: Olhem lá! Índios!
Marinheiros: Socorro! Vamos fugir!
Capitão: Não sejam covardes! Eles estão pegando o marinheiro 1, corram, quero dizer, nadem!
E eles se lançam ao rio.
Iara: Vejam meninas! Quantos rapazes! Mas esperem... O cacique e o curumim pegaram um deles. Que raiva!
Sereias: Oh, não! Vamos cantar mais alto! Lá, lá, lá...
Enquanto isso...
Cacique e Curumim retiram o marinheiro da água e os outros nadam até a beira.
Capitão: Parados aí, seus índios canibais!
Cacique: Canibais? Não somos canibais. Estamos salvando seu companheiro!
Marinheiro 1: Me soltem! Eu estou apaixonado! Vem cá, vem! (faz biquinho).
Sereias: Lá, lá, lá...
Capitão: CHEGA!!!
Todos ficam em silêncio.
Capitão: Iara quer casar comigo?
Cacique: Que é isso? Ele também endoidou! Segurem ele também!
Índias: Se afastem todos!
Sereias:Mulheres? Credo!
Iara: Vamos meninas...
E as sereias voltam ao rio.
Índia: Agora vocês! Voltem aos seus lugares!
Capitão e marinheiros voltam ao normal e vão para a embarcação.
Cacique e Curumim pegam suas flechas e vão para a floresta.
As índias dão mais uma olhadinha em tudo e sai.
Iara (sozinha no palco): De volta à solidão, mas não por muito tempo! Lá, lá, lá...
FIM.
Parabéns, queridos alunos, pela participação, realização das atividades e envolvimento no projeto. Lindo demais...
ResponderExcluirParabéns pelo projeto. Fiquei muito feliz em ver o conto do homem do saco como contava minha tia nascida há um século. Apenas chamo a atenção para corrigirem "cazinha" no começo da história.
ResponderExcluirObrigada!!! Adriana!!! Já fiz a correção, agradeço muito sua observação.
ResponderExcluir